domingo, 26 de junho de 2011

Bauernfest

Dedico este post ao meu irmão Álvaro, petropolitano de coração, alemão de festividades e carioca nas horas vagas.

Anualmente Petrópolis recebe a Festa do Colono Alemão, Bauernfest, uma oportunidade para moradores e visitantes reconhecerem o valor dos imigrantes em festividades com música, dança, folclore e muita gastronomia.

Eu bem esperava encontrar uma feijoada alemã com feijões e salsichões brancos, mas não foi desta vez, quem sabe no próximo ano ? Fica aqui a dica do blog, Ya ?





Tudo muito limpo e organizado, o bom tempo ajudou e o domingo foi uma beleza. Bandas e grupos folcóricos de dança se alternaram nas apresentações gratuitas, com a participação especial dos Canarinhos de Petrópolis. É só escolher uma mesinha para degustar os tradicionais quitutes da gastronomia alemã. Fui de pernil de porco, salsichão branco e vermelho. Chopp encorpado da Bohemia, inventada aqui mesmo, e mais antiga cervejaria do Brasil, agora com uma belíssima fábrica fazendo jus à história.




Petrópolis faz parte da minha vida. Alemão pra mim só a Pavelka, onde sempre parávamos ao chegar após o que me parecia uma longa viagem. Na estrada a pausa para o ford do meu avô beber água era obrigatória. Quando avistávamos a pedra chorona, assim chamada porque a água escorria caindo nos vidro do carro, sabíamos que estávamos perto. Logo depois a benção do Cristo onde muitas vezes vendiam coelhinhos, a casa redonda e pronto, o Quitandinha e a entrada para Taquara.

Meus avós maternos mantiveram em vida uma pequena casinha no alto de uma colina com muitas histórias pra contar. Verão ou inverno eu e meus irmãos Álvaro e Valéria estávamos lá. Na hora do almoço minha avó Lolô batia 3 vezes num pequeno gongo de metal para que os netos subissem a ladeira. Eu saía de carro com meu avô Cláudio para ir comprar biscoito amanteigado de araruta, Soda Mora e cerveja Bohemia direto da fábrica que ele fazia questão de prestigiar. Na volta pra casa, pão, manteiga e presunto da padaria. À noite os adultos se reuniam para jogar sinuca na sede do condomínio enquanto a garotada se divertia livremente inventando brincadeiras e jogos.

Na gastronomia fora de casa, pizza era no Fuka's que lembrava uma lanchonete americana tipo diner. Churrasco na Maloca e almoço festivo na Mirthes Paranhos a quem gostávamos de considerar da família. Frutos do mar no Mauricio. Chocolate Katz e Caramelos Patrone. Feijoada só na casa da Vó Dica, que será devidamente tratada em outro post.

Carnaval só fantasiado e nos imensos salões do Quitandinha. "Pera, uva, maçã ou salada mista ?". Meu primeiro beijo foi aos 8 anos com a Marcela, atrás das pesadas cortinas do Clube que também tinha patinação no gelo, pista de kart, pula-pula, boliche, ping-pong, pedalinho, piscina aquecida...

"Ai que saudades, que eu tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais."

Definitivamente Petrópolis faz parte de mim e quem dera um dia farei parte dela também !




Serviço:

Fundação de Cultura e Turismo Petrópolis

Tel (24) 2233-1200

http://www.petropolis.rj.gov.br/

Petrópolis Convention & Visitors Bureau
Tel (24) 2222-6852/6255
www.visitepetropolis.com

Programação Bauernfest 2011 - 22 de junho a 03 de julho

Em 2011, a Bauernfest chega a sua 22ª edição, com ainda mais alegria e imperdíveis atrações, totalmente GRATUITAS. Teatro, artesanato, histórias, brincadeiras, cinema, exposições e muito mais esperam por você e sua família.


Abertura do Burgo Alemão:

Segunda a sexta-feira – 16h

Sábados, domingos e feriados – 10h


Passeio de Trenzinho – Gratuito

Segunda a sexta-feira – 16h às 22h

Sábados, domingos e feriados – 10h às 13h e 14h às 22h


2º Circuito Gastronômico Alemão

Depois do sucesso do primeiro Circuito Gastronômico Alemão, o Petrópolis Convention & Visitors Bureau com o apoio da Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis, leva pela segunda vez consecutiva, a Bauernfest para diversos restaurantes. Durante os 12 dias da festa, eles incluirão em seu cardápio um prato típico da culinária germânica, em homenagem aos nossos colonizadores.


Canarinhos de Petrópolis cantam Aquarela do Brasil:




Um pouco de História...

A Serra da Estrela, onde se encontra Petrópolis, era praticamente desconhecida pelos colonizadores portugueses nos primeiros 200 anos de colonização, salvo por alguma expedição exploratória para tomar posse de sesmarias. Isso, por causa do enorme paredão montanhoso de mais de 1000m de altura que tinha que ser vencido para se chegar até lá; e, também, pela presença dos bravios índios Coroados que habitavam serra acima. Ali não havia atividade econômica.

Somente quando os bandeirantes paulistas descobriram ouro nas Minas Gerais é que foi aberto o Caminho Novo, em 1704, para facilitar a viagem até as vilas mineradoras. O caminho era “novo” porque havia um outro, o “velho”, desde meados dos anos 1600, muito longo e de difícil trânsito, aberto pelos próprios bandeirantes, constituído de trilhas e picadas até as minas de ouro.

A História de Petrópolis é a História do Brasil Colônia, a partir de 1822 quando da escolha do Imperador Dom Pedro I para tratamento de saúde da sua filha Princesa Dona Paula Mariana na fazenda do Padre Correia, no Caminho Novo, e posteriormente com a compra de terras para instalação da residência oficial de verão concluída pelo seu herdeiro Dom Pedro II.

Durante todo o 2° Reinado, a presença de D. Pedro II em Petrópolis se destacou, acima de qualquer outra personalidade, por sua influência, pela constância da sua presença e do seu amor à cidade. Na colonização, os alemães, que receberam toda a proteção e simpatia do Imperador, sempre lhe prestaram as maiores homenagens, chamando-o de “Unser Kaiser” (Nosso Imperador).

A cidade se desenvolvia rapidamente, com forte tendência aristocrática, por força da presença do Imperador e de sua corte, nas temporadas do verão petropolitano. Nobres, políticos, diplomatas, grandes senhores e toda sua “entourage”, ricos negociantes e a intelectualidade da época se transferia para Petrópolis, durante um semestre a cada ano. Palacetes eram construídos para morada dessa gente abonada. Quem não tinha moradia se hospedava em hotéis e casas de família. E a cidade assumia um aspecto elegante. Muitos desses palacetes, hoje fazem parte do patrimônio arquitetônico do Centro Histórico da cidade, cuja preservação é imprescindível para o desenvolvimento turístico e cultural de Petrópolis.

A maioria dos colonos que chegou a Petrópolis era natural de aldeias localizadas nos bispados de Treves e Mogúncia, na Renânia e Westphália. Eles vieram trabalhar na abertura da Estrada Normal da Estrela que dava acesso a Petrópolis, e no plano urbanístico traçado pelo Major Köeler que em 1843 arrendou a Fazenda Imperial e iniciou o seu trabalho na região. Foram 600 casais de colonos alemães contratados em 1844, exigindo-se que fossem artífices e artesãos com experiência.

Para os alemães se sentirem à vontade e se lembrarem de sua terra, Köeler repetiu os nomes das regiões de origem na Alemanha nos quarteirões da cidade como Mosela, Palatinado, Westphalia, Renânia, Nassau, Bingen, Ingelheim, Darmstadt, Woerstadt, Siméria, Castelânia Westphalia e Worms. Além disso, homenageou as diversas nacionalidades de outros colonos, dando-lhes nomes nos quarteirões: Quarteirão Francês, Suíço e Brasileiro.

Hoje, os descendentes dos colonos estão por toda a cidade e seus nomes de família podem ser encontrados no Obelisco do centro da cidade, nos guias telefônicos e dão nomes a ruas e praças. O progresso dos colonos alemães dinamizou Petrópolis, contribuindo para o seu desenvolvimento. O seu trabalho e a sua lembrança fazem parte da cidade.

Como todo povoado colonial, a cidade nasceu de um curato em 1845, subordinado a São José do Rio Preto e um ano depois, foi criada a Paróquia de São Pedro de Alcântara, vinculada à Vila da Estrela. Em 1857, onze anos após, foi elevado a município e cidade, sem passar pela condição de vila, o que era, na ocasião, inédito.

domingo, 19 de junho de 2011

Belmonte

Felicidade é o sorriso do meu filho, a família reunida e um prato de feijoada.

Fomos ao Belmonte, líder dos botecos cariocas e que como tal serve feijoada sábados e domingos. O Antonio estava lá. Sócio majoritário, foi ele quem comprou o boteco original de 1952 na Praia do Flamengo, para de lá construir um império gastronômico que se espalhou pela cidade. Tudo replicado com a mesma qualidade e atendimento. Ele é o cara !




Família democrática é assim, flamenguistas e botafoguenses comemoram o prazer em dividir a mesma mesa. Pastéis de camarão para começar e aguardar a feijoada que vem belissimamente apresentada em casserola fumegante, acompanhada de arroz branco, couve macia, torresmo e farofa crocante. A porção para um rende dois generosos pratos como aliás é de costume em todas as refeições no Belmonte.



Dia perfeito com muito chamego. Amor de pai é incondicional !

Serviço:
Belmonte Leblon
Rua Dias Ferreira, 521
Tel 21 2294-2849
http://www.botecobelmonte.com.br

R$ 32, a feijoada para 1 (serve 2)

Dica do blog: Não é permitida a presença de animais nos bares, nem a entrada de pessoas sem camisa ou trajando roupa de banho.

sábado, 11 de junho de 2011

Feijoada do Papai Noel

"Fazer o bem, sem importar a quem" parece ser o lema de uma galera bem animada que se reuniu para uma feijoada solidária.



A Jornada do Papai Noel nasceu há mais de 30 anos, com Antonio Daflon, um homem preocupado com as injustiças e diferenças sociais e que questionava-se como seria o Natal dos órfãos, doentes, idosos e deficientes físicos. Ele iniciou todo o trabalho com sua esposa, mas logo percebeu que era possível mobilizar as pessoas por um ideal comum – transformar o sonho do Natal dos necessitados em realidade. Um dos principais objetivos é criar e ampliar projetos de formação profissional e auto-sustentação, com foco nos filhos e dependentes das famílias assistidas.




A feijoada foi servida em estilo buffet sendo possível retornar quantas vezes quisesse para repetir. Todos os produtos foram doados pelas "renas" que participam voluntariamente do projeto também na produção e organização do evento.

E nada como o Amor para melhorar o tempero. A feijoada estava perfeita ! O salão do Clube Monte Sinai na Tijuca estava lotado. O grupo Telhado Branco, que também paga pela feijoada e não cobra apresentação, animou a festa a tarde toda fechando com a comemoração do Papai Noel e suas renas cantando "viver, e não ter a vergonha de ser feliz" de Gonzaguinha.

"Brilhe o sol de Jesus em nossa alma, e tudo será, dentro de nós, entusiasmo de fazer o bem, alegria de viver e privilégio de servir, em plena juvenilidade espiritual para a Vida Eterna." Cartas do Coração, por Francisco Cândido Xavier





Quer colaborar também ?

A instituição não tem empregados e nenhum dos membros recebe qualquer tipo de remuneração. Formado por um grupo de voluntários, todos colocados no mercado de trabalho, exercendo suas profissões, o trabalho é resultado do desejo de retribuir a sociedade parte de tudo aquilo que conquistaram em suas vidas pessoais e profissionais, como forma de garantir um futuro melhor para seus filhos, netos e para as próximas gerações.

Véspera dos Dia dos Namorados e o amor estava no ar ! Ai, meu Santo Antônio...



Sendo época de festas juninas após o evento atravessamos a rua para a quermesse da igreja de São Francisco Xavier, com barraquinhas, jogos e comidas típicas. Bingo ! ganhei uma cafeteira !




O Instituto Casa do Papai Noel é responsável pela alegria do Natal e pela renovação da esperança de idosos, orfãos, crianças carentes, deficientes físicos e doentes que estão nas diversas instituições cadastradas e assistidas em campanhas assistencialistas e ações solidárias que são realizadas o ano todo, como o Projeto Dignidade, o Projeto Educar, o Projeto Reintegrar, além da Campanha Natal o Ano Todo, onde 150 familias cadastradas são assistidas mensalmente com cesta básica.

Mais informações:
http://www.papainoel.org/

Instituições Assistidas

* Instituto Benjamin Constant – Deficientes Visuais
* Abrigo Mário de Almeida – Creche de Crianças Carentes
* Casa Ronald MacDonald – Crianças com Neoplasia
* Casa São Mateus – Asilo de Idosos
* Creche Casulo – Creche de Crianças Carentes
* Escola Francisco de Castro – Múltiplas Deficiências
* Instituto Fernandes Figueira (IFF) – Hospital
* Hospital Gaffrée e Guinle – Hospital Referência em AIDS
* Hemorio – Hemofílicos e Doentes com Neoplasia
* Instituto Nacional do Cancer (INCA) – Doentes com Neoplasia
* Lar de Júlia – Creche de Crianças Carentes
* Lar Nossa Sra Glória – Asilo de Idosos
* Instituto Nacional Educação de Surdos (INES) – Deficientes Auditivos

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Blog Feijoadas Cariocas antecipa o vencedor do Comida di Buteco

O blog Feijoadas Cariocas parabeniza o Da Gema, vencedor do Comida di Buteco 2011, e único a receber Nota 10 com Louvor do blog entre os 16 petiscos que selecionamos a partir da proposta do tema feijoada. Estamos juntos !




Doce subsolo do buteco
Descrição: Tutu de feijão preto com carne seca desfiada, couve, creme de aipim e zeste de laranja, montado em camadas.

Nota do blog: 10 com louvor !
Cerveja estupidamente gelada a 4 graus negativos ! Novamente uma espera que poderia ser amenizada a partir do anúncio da precisão na confecção, montagem e apresentação do prato. De sabor sutil a impressão é a de um petisco gourmet para gourmands. Dica: informar o tempo de saída do prato.

Serviço:
Da Gema
Rua Barão de Mesquita, 615, loja C/D
Tel 21 2208-9414
R$ 15,00

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Creme Caramelo

Seis feijoadas em 15 dias e chega ao fim nossa participação como jurado no Prêmio Polo Botafogo de Gastronomia. Ufa ! Um trabalho e tanto. Haja malhação para compensar. Alô Danuza e Marina, agradeço pelo convite e aguardo minha reserva do spa !

Misto de gelateria, café e bistrot, o Creme Caramelo oferece um gostoso e aconchegante ambiente para a feijoada servida às 6as e sábados. Arroz soltinho e saboroso, couve com bacon, farofa salgadinha e laranja seleta acompanham as carnes magras caprichadamente arrumadas no prato. A tigela de feijões é servida à parte. Dividi uma mesa na janela e a conversa com a Isabela, também jurada do prêmio, quando trocamos confidências das nossas visitas. Quem será o vencedor ? O melhor feijão ? O melhor torresmo ? A melhor farofa ? As carnes mais saborosas ?





Sorvetes italianos e outras gostosuras à espera !



Serviço:
Creme Caramelo
Rua Visconde de Caravelas, 11 - Botafogo
Tel 21 2286-7268
http://www.cremecaramelo.com.br/asp/index.asp

R$ 25, a feijoada individual

Polo Botafogo
http://www.polobotafogo.com.br/



Parabéns aos empresários que fazem o Polo Botafogo !