sábado, 23 de março de 2019

Feijoada do Bar Léo

Programa certeiro no sábado é feijoada com samba! O tradicional Bar Léo aterrisou na esquina mais animada do Centro da cidade, ruas do Ouvidor e do Mercado. Na bagagem trouxe de Sampa sua especialidade em gastronomia alemã, chopp na pressão e adicionou a feijoada carioca ao cardápio.



 




Servidas às 4as, 6as e sábados, a feijoada é incrementada com kassler e torresmo de joelho de porco defumado! Aí eu vou pra Galera!!



Amigos reunidos para comemorar os aniversários da Denise e Patrícia. O programa é completo com a roda de samba Mal de Raiz.




Olha que espetáculo!

 

Serviço:
Bar Léo
Rua do Ouvidor, 18 - Centro
Tel 21 25095725
R$ 59, a feijoada para 1 serve 2
R$ 104, a feijoada para 2 serve 3
R$ 9, o chopp

sexta-feira, 22 de março de 2019

Feijoada do Momo

O Carnaval já passou mas a cidade continua sob o reinado do Momo durante todo o ano. O consagrado boteco da Tijuca domina os quesitos petisco e criatividade. Sexta feira é dia da feijoada que eventualmente é servida num e outro sábado.

Comissão de frente com cerveja gelada, batidinha de coco e torresmo crocante. Nos Adereços bolinho de arroz com calabresa e bolovo de bacalhau.


 
 

No Adereço sanduíche de torrada Petrópolis com joelho de porco defumado, creme de queijo, picles e molho catchup de catuaba, participante do concurso Comida di Buteco 2018. Na Alegoria a feijoada servida em cumbuca na versão com carnes nobres.

 

Filó como Porta Bandeira é seu grande baluarte acompanhada do Mestre Sala Bira rodopiando as mesas e mantendo nosso copo sempre cheio.

 

Toninho na Evolução e a galera da cozinha na Bateria mantém o frenético ritmo de pedidos. O Enredo é daqueles que fará vc voltar muitas vezes para provar.

Nem gourmet nem nutella, o Momo serve comida de boteco com muita experiência e sem frescura. A hora da chegada vai necessariamente impactar na sua escolha como o torresmo que se esvai rapidamente ou o pudim de leite da matriarca que nem chegamos a provar. Coloque logo seu nome na espera por uma mesa na calçada.

 
 

Ah, e não esqueça do aviso na chegada: pagamento só em dinheiro.


Serviço:
Bar do Momo
Rua Gen. Espírito Santo Cardoso, 50A - Loja A - Tijuca
Tel 21 25709389

R$ 25, a mini feijoada (serve 2)
R$ 3, o torresmo
R$ 7, o bolinho de arroz
R$ 12, o bolovo de bacalhau
R$ 22. o sanduíche de joelho de porco
R$ 10, a cerveja
R$ 7, a batidinha

sexta-feira, 15 de março de 2019

Feijoada de boteco

Boteco é o retrato da democracia. Local onde todos são atendidos igualmente, do empregado ao patrão da mesma empresa. Aqui não há discriminação de cor, sexo, idade, orientação sexual, nível social, time de futebol, religião ou partido político. Embora sempre haverá a saudável abertura para discussão entre uma e outras geladas.

Sempre digo que espero de um boteco apenasmente o copo limpo e a cerveja mega gelada. O resto é lucro. A feijoada de hoje foi no boteco vizinho de casa numa bucólica rua arborizada e onde é servida apenas às 6as feiras. E não é que estava a turma toda lá?

Mesa na calçada, cerveja na camisinha e torresminho para aguardar a feijoada que servida na cumbuca e com a guarnição montada no prato. Dependendo da gula dá até para dividir.

 

Enquanto no balcão alguns clientes fiéis tomavam o digestivo outros tantos fiéis se reuniam para a porrinha da tarde. Vale diferenciar o jogo que é patrimônio carioca do porre em pequena escala. Agora diz se não é esta mesinha de apoio que todo sujeito deseja ter na sua sala ?

 
 

No boteco todos se conhecem e se cumprimentam. Faltou farofa? Carlão não pensa duas vezes e vai direto na cozinha buscar o pote para reposição. A feijoada estava muito saborosa e merece nosso reconhecimento.

 
 

O nome do boteco? Aí depende da roda de frequentadores, pode ser Escondidinho, Podrão, Esquenta ou Outeiral que é o nome oficial no letreiro.

Fica aqui nossa homenagem ao grande botequeiro Tide que nos deixou recentemente.

 

Serviço:
Café e Bar Outeiral
Rua Conselheiro Lafaiete, 108 loja A - Copacabana
Tel 21 25227837
R$ 20, a feijoada na cumbuca (serve 1 generosamente)

quarta-feira, 6 de março de 2019

Feijão da apuração

Já era hora do Brasil reconhecer sua História! Este ano muitas escolas trouxeram para a avenida a temática social. A Mangueira foi buscar nos porões esquecidos a História que o país precisava escutar e o resultado não poderia ser outro: Campeã do Carnaval 2019! Salve Nação Verde e Rosa!!

 

Para a apuração escolhemos o Zig Zag, botequim comandado pelo Nonato e sua esposa Isabel e que serve caldinho de feijão e feijoada diariamente. Entre um e outro voto Jeremias nos abastecia com uma gelada para aumentar a sede de vitória.

 
 
 

Serviço:
Zig Zag
Rua Prudente de Moraes, 10
Tel 21 25224884

R$ 17, o caldinho de feijão
R$ 10, cerveja


Sobre o enredo Campeão:
HISTÓRIA PRA NINAR GENTE GRANDE é um olhar possível para a história do Brasil. Uma narrativa baseada nas “páginas ausentes”. Se a história oficial é uma sucessão de versões dos fatos, o enredo que proponho é uma “outra versão”. Com um povo chegado a novelas, romances, mocinhos, bandidos, reis, descobridores e princesas, a história do Brasil foi transformada em uma espécie de partida de futebol na qual preferimos “torcer” para quem “ganhou”. Esquecemos, porém, que na torcida pelo vitorioso, os vencidos fomos nós.

Ao dizer que o Brasil foi descoberto e não dominado e saqueado; ao dar contorno heroico aos feitos que, na realidade, roubaram o protagonismo do povo brasileiro; ao selecionar heróis "dignos" de serem eternizados em forma de estátuas; ao propagar o mito do povo pacífico, ensinando que as conquistas são fruto da concessão de uma “princesa” e não do resultado de muitas lutas, conta-se uma história na qual as páginas escolhidas o ninam na infância para que, quando gente grande, você continue em sono profundo.

De forma geral, a predominância das versões históricas mais bem-sucedidas está associada à consagração de versões elitizadas, no geral, escrita pelos detentores do prestígio econômico, político, militar e educacional - valendo lembrar que o domínio da escrita durante período considerável foi quase que uma exclusividade das elites – e, por consequência natural, é esta a versão que determina no imaginário nacional a memória coletiva dos fatos.

Não à toa o termo “DESCOBRIMENTO” ainda é recorrente quando, na verdade, a chegada de Cabral às terras brasileiras representou o início de uma “CONQUISTA”. E, ao ser ensinado que foi “descoberto” e não “conquistado”, o senso coletivo da “nação” jamais foi capaz de se interessar ou dar o devido valor à cultura indígena, associando-a “a programas de gosto duvidoso” ou comportamentos inadequados vistos como “vergonhosos”.

Comemoramos 500 anos de Brasil sem refazermos as contas que apontam para os mais de 11.000 anos de ocupação amazônica, para os mais de 8.000 anos da cerâmica mais antiga do continente, ou ainda, sem olhar para a civilização marajoara datada do início da era Cristã. Somos brasileiros há cerca de 12.000 anos, mas insistimos em ter pouco mais de 500, crendo que o índio, derrotado em suas guerras, é o sinônimo de um país atrasado, refletindo o descaso com que é tratada a história e as questões indígenas do Brasil. Não fizeram de CUNHAMBEMBE – a liderança tupinambá responsável pela organização da resistência dos Tamoios – um monumento de bronze. Os índios CARIRIS que se organizaram em uma CONFEDERAÇÃO foram chamados de BÁRBAROS. Os nomes dos CABOCLOS que lutaram no DOIS DE JULHO foram esquecidos. Os Índios, no Brasil da narrativa histórica que é transmitida ainda hoje, deixaram como “legado” cinco ou seis lendas, a mandioca, o balanço da rede, o tal do “caju”, do “tatu” e a “peteca”.

Levando em conta apenas pouco mais de 500 anos, a narrativa tradicional escolheu seus heróis, selecionou os feitos bravios, ergueu monumentos, batizou ruas e avenidas, e assim, entre o “quem ganhou e quem perdeu”, ficamos com quem “ganhou.” Índios, negros, mulatos e pobres não viraram estátua. Seus nomes não estão nas provas escolares. Não são opções para marcar “x” nas questões de múltiplas escolhas.

Deram vez a outros. Outros que, por certo, já caíram nas suas “provas”. Você aprendeu que os “BANDEIRANTES” – assassinos e saqueadores – eram os “bravos desbravadores que expandiram as fronteiras do território nacional”. DOM PEDRO, o primeiro, você “decorou” que era o “herói” da Independência, sem que as páginas dos livros contassem a “camaradagem” de um “negócio de família” tão bem traduzido pela frase do PAI do Imperador, que a ele orientou: “ponha a coroa na tua cabeça, antes que algum aventureiro o faça”. Convém esclarecer aqui que os “aventureiros” citados por DOM JOÃO éramos nós, brasileiros, e que a “independência” proclamada – ou programada - foi para evitar que tivéssemos aqui “aventureiros” como Bolivar ou San Martin, patriarcas bem-sucedidos das “independências” que não queriam por aqui.

Como “CABRAL”, o “ladrão”, que roubou o Brasil lá pelas bandas de mil e quinhentos, ou PEDRO I, que através de um acordo “mudou duas ou três coisas para que tudo ficasse da mesma forma”, tem também o Marechal, o DEODORO DA FONSECA, homem de convicções monarquistas – amigo pessoal do Imperador PEDRO II – autor da proclamação de uma República continuísta - sem participação popular - traduzida em golpe e que, na ausência de líderes, mandou “pintar” um retrato do Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o TIRADENTES, na tentativa de produzir “um personagem pra chamar de seu”.

Se a República foi “golpe”, conclui-se que “golpe” no Brasil não é novidade. Nem é novidade que a natureza dos “golpes” ainda estejam mal contadas. A rodovia CASTELO BRANCO “corta” São Paulo com “nome de batismo” em homenagem ao primeiro general “do GOLPE DE 1964”. Para cruzar a Baía da Guanabara em direção a Niterói, lá está a ponte PRESIDENTE COSTA E SILVA, o mesmo que fechou o Congresso Nacional e aditou o AI-5 suspendendo todas as liberdades democráticas e direitos constitucionais. Em Sergipe, em dias de jogos, a bola rola no estádio PRESIDENTE MÉDICI, o general dos “ANOS DE CHUMBO”, do uso sistemático da tortura e dos violentos assassinatos. Nas ruas - por terem lido um livro que “ninou” e não “ensinou” falando da suspensão dos direitos humanos, da corrupção e dos assassinatos cometidos no período – aparecem faixas para pedir “intervenção militar”, décadas depois da redemocratização.

Sem saber quem somos, vamos a “toque de gado” esperando “alguém pra fazer a história no nosso lugar”, quiçá uma “princesa”, como a ISABEL, a redentora, que levou a “glória” de colocar fim ao mais tardio término de escravidão das Américas. Nunca esperaremos ser salvos pelos tipos populares que não foram para os livros. Se “heróis são símbolos poderosos, encarnações de ideias e aspirações, pontos de referências, fulcros de identificação” a construção de uma narrativa histórica elitista e eurocêntrica jamais concederia a líderes populares negros uma participação definitiva na abolição oficial. Bem mais “exemplar” a princesa conceder a liberdade do que incluir nos livros escolares o nome de uma “realeza” na qual ZUMBI, DANDARA, LUIZA MAHIN, MARIA FELIPA assumissem seu real papel na história da liberdade no Brasil.

O fato é que a atuação de “gente comum”, ou mesmo a incansável luta negra organizada em quilombos, em fugas, no esforço pessoal ou coletivo na compra de alforrias e em revoltas ou conspirações, já enfraqueciam o sistema escravocrata àquela altura. Entretanto, ensinar na escola o nome de “CHICO DA MATILDE”, jangadeiro, mulato pobre do Ceará (líder da greve que colocou fim ao embarque de escravos no estado nordestino, levando-o à abolição da escravatura quatro anos antes da princesa ganhar sua “fama” abolicionista) não serviria à manutenção da premissa de que as conquistas sociais resultam de concessões vindas "do alto" e não das lutas. A história de CHICO DA MATILDE era inspiradora demais para o povo. Não à toa, seu nome não está nos livros.

Esses nomes não serviram para eles. Para nós, eles servem. Para nós, sentinelas dos “ais” do Brasil, heróis de lutas sem glórias ainda deixados “de tanga” ou preso aos “grilhões”, eles são as ideias que usaremos para “gestar” o que virá. “Engravidados” de novas ideias, jorrará leite novo para “amamentar” os guris que virão. Sabendo outra versão de quem é o Brasil, - não a que nos “ninou” para quando fôssemos adultos – sabendo que CABRAL “invadiu” e que, ao invés de quinhentos e dezenove anos, somos brasileiros há quase doze mil anos. Conhecendo CUNHAMBEBE, a CONFEDERAÇÃO DOS CARIRIS, cientes da participação dos CABOCLOS na luta do 02 DE JULHO NA BAHIA, e sabendo que os índios lutaram e resistiram por mais de meio século de dominação, talvez se orgulhem da porção de sangue que faz de TODOS NÓS, sem exceção, índios. Sabendo que a “bondosa” princesa Isabel deu vez a “Chico da Matilde”, “Luiza Mahin” e “Maria Felipa”, é possível que reconheçam em si a bravura que vive à espreita da hora de despertar e aí, talvez, o “gigante desperte sem ser para se distrair com a TV”.

Cientes de que nossa história é de luta, teremos orgulho do Brasil. Alimentados de leite novo e bom, varreremos de nossos “porões” o complexo de “vira-latas” que fomenta nossa crença de inferioridade. Veremos tanta beleza na escultura de ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA quanto no quadro que eterniza o sorriso da Monalisa. Nos orgulharemos do “tupi” que falamos – mesmo sem saber. Daremos mais cartaz ao saci do que à “bruxa”. Brincaremos mais de BUMBA MEU BOI, CIRANDA E REISADO. Nossas crianças enxergarão tanta coragem no CANGACEIRO quanto no “cowboy”. Vibraremos quando SUASSUNA estrear em “ROLIÚDE” sem tradução para o SOTAQUE de João Grilo e Chicó. Não estranharemos caso o Mickey suba a ESTAÇÃO PRIMEIRA, troque "my love" por "minha nêga" e mande pintar o "parquinho" da Disney com o VERDE E O ROSA DA MANGUEIRA.

GRES Estação Primeira de Mangueira
http://www.mangueira.com.br/

sexta-feira, 1 de março de 2019

Botequim raiz

É Carnaval! Não sabe onde vai brincar ? No Centro da cidade e região estão os melhores e mais animados blocos e aqui vai a dica de local para repor suas energias

Seu destino para a felicidade é o Largo de São Francisco da Prainha, berço do samba e da cidade do Rio de Janeiro. Na Casa Porto vc encontra comida de boteco de verdade com muita simpatia e preço honesto, além de uma programação sempre animada e gratuita ou na colaboração do chapéu.

O cardápio inventivo está fixado na parede em giz e muda com frequência. Pergunte sobre o especial do dia e do que está em fase de teste. Não deixe de provar as batidas e pedir sacanagem. Converse com o Tomé, com as meninas da cozinha e até com o dono do botequim que escreve as melhores crônicas da cidade.

 
 
 
 

Este é o Rio de verdade, de gente que se diverte e reconhece sua história.

 
 

Aproveite para dar uma esticada nas esquinas próximas e conhecer a bela arte que colore os muros do bairro.

 
 

Serviço:
Casa Porto Rio
Largo de São Francisco da Prainha, 4
Tel 21 998161948 zap
https://www.facebook.com/casaporto.rio/