sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A última feijoada

O mundo não acabou, mas vai que... 

Na dúvida fui comer a última feijoada, que neste calor é assunto para profissionais. No caso, eu e o Dani, o sujeito que me convenceu a iniciarmos juntos o blog Feijoadas Cariocas. 

Nos encontramos na esquina das ruas da Quitanda com Sete de Setembro e rumamos ao mar em busca de alguma novidade. Atravessando o Arco do Teles e portanto adentrando a Travessa do Comércio, um cavalete nos chama atenção.

Paramos, soubemos que naquele sobrado havia morado Carmem Miranda e movidos pela história musical do país decidimos subir a escadaria para checar. No ambiente simplório de pé direito alto e construção portuguesa, vc logo percebe a sabedoria dos antigos para a aeração, onde apesar da falta do ar condicionado, alguns poucos ventiladores de parede davam conta do calor externo.


Pedimos a feijoada para 2 sem a menor pista do que viria, sendo surpreendidos quando um caldeirão fumegante de carnes e feijão chega à mesa, acompanhado de uma travessa de arroz, couve e torresmo, além de farofa e laranja seleta picada à parte.

Naquele momento julgamos, pela quantidade, que o prato serviria 3 pessoas. É sabido que não se deve julgar pelas aparências e já na primeira garfada entendemos que o mesmo prato talvez não chegasse a dar conta para mais do que 2 comensais. 

As carnes desmanchavam no garfo, sem necessidade de faca, o feijão misturado às pequenas porções de carnes era de sabor intenso. A farofa molhadinha na manteiga. O torresmo um pecado de tão macio. O arroz soltinho. Uma parada para a foto oficial do blog e outra para o registrar a lembrança da Kely.


O que o sujeito pode querer mais ? Batidinha claro ! De limão para abrir o apetite e um bom molho de pimenta para aguçar o paladar.


A casa que foi explorada como pensão por Dona Maria, mãe de Carmem Miranda que lá morou de 1925 a 1932, é Patrimônio Cultural Carioca. Abriu há cerca de 4 meses e funciona à noite com karaokê. Durante o dia, o cozinheiro Francisco domina as panelas.


Serviço:
Carmen Miranda In House Club
Travessa do Comércio, 13 - Praça XV

R$ 29, a feijoada para 2

De volta ao trabalho e à tradicional chuva de papel picado do Centro !


PS: Se o mundo não acabar mesmo, estaremos aqui na próxima semana !
 
;)

domingo, 16 de dezembro de 2012

Um boteco Real

Mantenho uma lista de lugares a visitar que sirvam feijoada ou comidas de feijão.

Localizado na esquina das ruas Barata Ribeiro e Paula Freitas, o Real Chopp chama atenção pelas suas mesas sempre cheias. Morando há pouco mais de um mês na vizinhança, foi em em busca do caldinho de feijão branco com camarão que havia lido em algum lugar, que cheguei ao boteco neste domingo nublado.





Fui direto ao assunto e foi então que...Surpresa ! O caldinho não existe mais. Pedi para ver o menu e então... Surpresa ! Muitas opções de petiscos interessantes.

Cerveja gelada na mesa, começamos com pastel de lagosta. Repare bem que perguntei ao garçom se era lagosta mesmo ao que o sujeito respondeu afirmativamente. Na primeira mordida me decepcionei. Era aquela mistura de cor avermelhada que costumam servir por aí e chamam de camarão. Até percebi alguns pequenos pedaços do crustáceo pedido mas o sabor não impressionou mesmo.




Prosseguindo nossa pesquisa, e dado o parentesco do feijão com a ervilha, ambos leguminosas, pedi um caldinho de ervilha com costelinha de porco, que é servida cortada em cubinhos e desossada. Agora sim, gostei e me animei.




Fui até ao balcão pegar uma cerveja pois as mesas estavam lotadas e os garçons não davam conta da situação. Foi então que... Surpresa ! O balcão oferecia uma boa variedade de tapas como pimenta biquinho, palmito, alho, azeitonas, etc, além de um belo pernil assado e salgados diversos.





Tudo muito apetitoso, fui conversar um pouco com o dono, seu Hermínio, um português simpático que comanda o negócio há cerca de 30 anos e se orgulha da clientela fiel e selecionada. Há inclusive quem já esteja na 3a geração de fregueses.

Ele explicou que o caldinho de feijão branco com camarão é servido apenas no inverno para garantir a qualidade dos produtos. Muito justo e correto, afinal neste calor é fácil desandar qualquer prato mais sujeito à fermentação.





Me encontrei em Copa. Já adotei o Real como meu boteco ! Fiquei devendo provar o chopp mas tenho certeza que voltrei lá muito em breve.

Dica: Peça os tapas a cada 100 gramas misturando um pouco os petiscos 

Serviço:
Real Chopp
Rua Barata Ribeiro,319 - Copacabana
Tel (21) 2547-6673

R$ 8, o caldinho de lentilha com costelinha
R$ 8, a porção de favas brancas
R$ 17, a porção de bacalhau em lascas

domingo, 9 de dezembro de 2012

Feijoadinha




Para sempre São Jorge ! 

Quando vi pela primeira vez uma camiseta da Complexo B entendi que seria uma parceria de longa data. Um dos principais motivos estampados nas roupas é São Jorge, guerreiro valente que cuida da gente, e que está intimamente conectado ao carioca de tudo o que é canto, sobretudo se tiver samba e feijoada nas proximidades.



De lá pra cá procuro prestigiar o santo guerreiro a quem devoto minhas orações junto à Nossa Senhora da Conceição. Tenho uma bela coleção de camisetas sem previsão para terminar pois as estampas são sempre muito criativas. 

O Beto Neves é quem cria e promove a marca. Recentemente ele teve a idéia de chamar os clientes para uma Feijoadinha no galpão da fábrica em São Cristóvão. Nesta ocasião ele aproveita para divulgar a nova coleção e fazer um bazar com as coleções antigas. Imperdível ! Seja vc consumista ou não, é impossível sair de lá sem uma sacolinha.

A coleção atual homenageia os bairros do Rio de maneira bastante divertida. Vá conferir e Salve Jorge !











Quem comandou a feijoada foi a Dona Linete, abaixo, mãe do Beto e uma figuraça ! 




Dica: fique esperto para o bazar que costuma rolar na loja de Ipanema e no galpão da fábrica em São Cristóvão.

Serviço:
Complexo B
Rua Francisco Otaviano, 67 loja 42 - Galeria River - Ipanema
Tel (21) 2521-7126

Rua Benedito Otoni, 62 galpão 6 - São Cristóvão
Tel (21) 2580-5566

http://complexob.com.br/

A Marca

Inaugurada em Copacabana em 1994, a Complexo B nasceu fazendo camisas e blusas que complementavam o bom e velho jeans. “Escolhemos um nome que deixasse claro ser o algo a mais do guarda-roupa”, diz estilista Beto Neves.

Em 1997, num momento de efervescência de novos talentos e marcas, surge a Babilônia Feira Hype e o Mercado Mundo Mix, que elevam a Complexo B a ser uma das primeiras alternativas, com suas calças xadrezes e camisas estampadas.

O reconhecimento veio em 2000, com o Prêmio “Novos Designs” da Semana Barrashopping de Estilo, evento antecessor do Fashion Rio, em que ganha como prêmio uma loja no próprio shopping, conquistando repercussão nacional pela mídia especializada, figurinistas e formadores de opinião, ampliando sua distribuição pelo país e chegando a Europa em 2005, ano do Brasil na França em toda a rede Printemps.

O Estilo Complexo B, mais do que vestir, protege. Estimula o prazer com muito humor e alto astral. Foge do básico. Essa briga contra a mesmice vem encarnada na figura do guerreiro São Jorge, ícone da marca.

Vitamine-se nas lojas do Rio, ou nas lojas multimarcas espalhadas pelo Brasil.