sábado, 26 de abril de 2014

Bar do Omar

Nossa comitiva prossegue na busca do melhor petisco do festival Comida di Buteco.

O próximo concorrente, ainda desconhecido do blog Feijoadas Cariocas, chamava nossa atenção pelos elogios recebidos na mídia. O Bar do Omar fica no alto de uma ladeira morro de Santo Cristo, bairro portuário que oferece vista para a Baía de Guanabara.


O ambiente é bem arejado pela varanda. A simpatia do proprietário Omar ao receber os clientes e os artigos pendurados na parede certificam que algo bom está por vir.


Acomodados na varanda com vista pedimos Omaravilha, prato concorrente descrito como uma porção de picanha suina, linguiça de porco e queijo coalho acompanhada de delicioso pão de alho.

O que seria considerado um petisco comum em qualquer boteco aqui ganha um novo significado pelo cuidado no preparo e serviço. E a cerveja que acompanha é estupidamente gelada !



Demoramos a deixar o boteco, envoltos na simpatia da família Omar e no bom papo com os botequeiros presentes, entre estes, o colunista Juarez Becosa e o fotógrafo de gastronomia Berg Silva.



Mais um brinde e até o próximo Boteco !



Serviço:
Rua Sara, 114 - Santo Cristo
Tel (21) 2518-3881
Horário Terça a Sexta: 11:30h às 23h
Sábado: 11h às 23:30h
Domingo e feriado: 11h às 22h

R$ 29,00 a porção Omaravilha
Nota do blog (escala 0 a 10): 9

Um pouco de História
O bairro de Santo Cristo foi povoado por portugueses que desembarcavam no cais do porto e lá se instalavam comercial e residencialmente. Esta é a origem dos sobrados dúplex, que consistiam em residência no segundo andar e comércio no andar térreo.

O bairro foi importante na região que corresponde aos atuais bairros portuários cariocas, tendo papel fundamental na estruturação da malha urbana, identidade cultural e história popular da cidade do Rio de Janeiro. É um dos poucos locais da cidade onde o traçado urbano e as formas de uso residencial trazem, ainda hoje, a autenticidade do momento de sua produção. Seus caminhos sinuosos, suas muitas escadinhas, travessas, becos, adros, escadarias e ladeiras guardam mais de quatrocentos anos de história e são uma memória viva do "morar carioca".

O comércio e a tortura de escravos marcaram muito a história do bairro. O grande número de escravos pobres e doentes, por exemplo, contribuiu para a inauguração do primeiro hospital da cidade, chamado de Nossa Senhora da Saúde.

A influência do catolicismo também se fez muito presente no bairro. O bairro deve o nome à igreja de Santo Cristo dos Milagres, imagem do padroeiro trazida dos Açores em Portugal. Contam os mais antigos que navegadores portugueses bateram em uma rocha no meio do mar, mas não naufragaram. Atribuíram o milagre à imagem do Santo que era levada na embarcação.

Em 1879, o bairro teve grande parte aterrada pela Empresa de Melhoramentos do Brasil, a fim de abrir ruas para o empreendimento Vila Guarany. As Ilhas dos Melões e das Moças, localizadas no antigo Saco do Alferes próximas de onde se localiza hoje a Rodoviária Novo Rio, foram extintas na construção do Cais do Porto, no início do século XX. 

Esses aterros deram origem ao atual bairro de Santo Cristo, cuja Igreja de Santo Cristo dos Milagres, erguida em 1872, localiza-se no antigo Largo do Gambá (atual Largo de Santo Cristo). O primeiro acesso ao bairro se dava pelo caminho do Saco do Alferes, atual Rua da América.

A ocupação do Morro do Pinto (antigo Morro do Nheco) se deu em 1875, nos terrenos que pertenceram ao Barão de Mauá, onde Antonio Pinto realizou um grande loteamento abrindo seis ruas e quatro travessas. 

Em 1877, outro grande loteamento foi criado nas encostas voltadas para a Praia Formosa, a chamada “Vila Formosa”, com mais cinco ruas e três travessas. Com a construção do elevado 31 de Março, o bairro de Santo Cristo tornou-se rota de passagem para a Ponte Rio-Niterói e a Avenida Brasil.
A construção da Vila Olímpica da Gamboa e do Aquário Municipal nas proximidades, vem reforçar os serviços da Cidade do Samba, além do clube dos Portuários, sede das escolas de samba Unidos da Tijuca e Alegria da Zona Sul, e lutando contra a decadência que dele tomou conta na segunda metade do século 20. 

Fonte:
http://portalgeo.rio.rj.gov.br/armazenzinho/web/BairrosCariocas/main_bairro.asp?area=003
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Cristo_(bairro_do_Rio_de_Janeiro)

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Adega Pérola

Um por todos, e todos por um ! Partimos para mais uma visita ao festival Comida di Buteco.


A Adega Pérola é o bar de tapas mais conhecido da zona sul, quiçá de toda a província do Rio de Janeiro. Não tem conforto e o serviço não chega a ser um primor apesar de sempre atencioso. As mesas são ou deveriam ser compartilhadas pois assim como as banquetas de madeira são fixas ao solo. 



O que leva hordas de botequeiros ao local é realmente a variedade e qualidade de seus petiscos expostos no balcão. Os preços variam numa média de R$ 20 a porção mínima de 100 gramas. A Adega não serve há algum tempo a meia porção e portanto o ideal é juntar os amigos para petiscar sabores diferentes.



O prato concorrente leva o nome de Buraco Quente, composto por um pão sacadura recheado de catupiry e picanha suina grelhada e temperada com ervas finas. A porção é pequena podendo ser compartilhada por duas pessoas. Um curioso molho barbecue veio acompanhando o prato e dividiu as impressões do nosso grupo. Não gostei da combinação com barbecue que sobrepõe ao gosto, preferindo adicionar gotas de limão e ainda solicitei a cozinha um reforço no catupiry para melhor degustar o prato.


Serviço:
Adega Pérola
Rua Siqueira Campos, 138 - A - Copacabana
Tel (21) 2255-9425
Segunda a Sábado: 11h à 00h


R$ 20,00 o Buraco Quente

Nota do blog: 5

Até o próximo Boteco !


Um por todos, e todos por um !


domingo, 13 de abril de 2014

Cachambeer

E foi dada a largada para o Comida di Buteco 2014 ! Minha escolha é baseada nos critérios de composição do prato, apresentação e temática do feijão e carnes de porco para divulgação no blog Feijoadas Cariocas.


Nosso grupo de 7 convivas já salivava pelo adiantado da hora quando chegamos ao Cachambeer na zona norte da cidade. A escolha não poderia ter sido melhor. Aqui o chopp tem sempre a correta pressão de conhece bem o que vende e consome.

A história do botequim é sensacional. Marcelo era assíduo frequentador e num fim de noite daqueles, reclamou com o português dono do bar a respeito do reduzido horário do serviço. Solução ? Comprou o bar para poder continuar bebendo. É claro que o animado frequentador só soube realmente o que havia ocorrido no dia seguinte porém manteve a proposta e transformou o bar numa meca de botequeiros de toda a parte.

Filas enormes na porta são atenuadas por rápidas rodadas de chopp e aperitivos. O cardápio é inventivo nos nomes como Hipertensão, Infarto Completo e Porquinho Embriagado, este aqui registrado no blog na edição 2011 do festival.

Desta vez o Marcelo não estava e quem nos recepcionou espetacularmente foi o Zé Soares, seu fiel escudeiro e gerente do botequim.


Olha a marra do Porquinho !

O prato concorrente na edição 2014 do Comida di Buteco, é descrito como Pancetta italiana servida em cubos, conta com o auxílio luxuoso do alho assado no azeite com ervas e dos molhos de mostarda com mel e de limão com abacaxi. Uma deliciosa barriga de porco tostadinha e crocante para iniciarmos os trabalhos.


Para reforçar pedimos o Joelho à Pururuca para deleite do amigo André Brandão que aprendeu a degustá-lo na temporada em solo germano, país muito bem representado pelo Nicolas, jornalista escritor dos guias DuMont para o Brasil e que nos acompanhou nesta incursão.



Também integrava nosso grupo o Tonico, sócio de uma famosa churrascaria na zona sul e que comandou a costela bovina para comparar com a iguaria do seu restaurante.

Mesa posta, atacar !



Um brinde e até o próximo boteco !


Serviço:
Rua Cachambi, 475 - Lojas A e B - Cachambi
Tel (21) 3597-2002
http://www.cachambeer.com.br/index.htm

Horário Terça a Sexta: 17h à 00h
Sábado: 12h à 00h
Domingo e feriado: 12h às 18h

R$ 29,90 o prato Olha a marra do Porquinho

Nota do blog: 5