quinta-feira, 5 de maio de 2022

Feijoada para Belgas

Vamos de tbt hoje com a feijoada que fiz em 1989 para a família belga que me acolheu durante minha passagem pela Europa entre 1988 e 1989.

Conheci o Stéphane no Rio de Janeiro antes desta viagem. Ele fazia parte de um grupo de belgas que havia migrado temporariamente para o Brasil. Na ocasião eu estava recém formado em Hotelaria e tinha planos de estudar fora. Passei para as duas melhores escolas hoteleiras da Europa, em Glion na Suíça, e Cergy Pontoise na França. Apliquei para a bolsa de estudos ao governo brasileiro e na incerteza da aprovação, apostei em viajar com antecedência para ficar afinado com o inglês e francês durante os estudos. A bolsa não saiu e minha aventura começou.

A família do Stéphane me recebeu como um filho e naturalmente tenho enorme carinho por todos, em especial pela sua mãe Annette, com quem costumava visitar museus e os bistrots belgas para provar as melhores cervejas com tartines e moules & frites. Steph voltou ao Brasil e seu irmão Jérôme foi meu parceiro de algumas festas em Bruxelas, bem animado sempre. Hoje é um artista renomado.

Para a feijoada, precisei comprar os produtos numa loja portuguesa em Londres, onde morava alternando com Bruxelas. A receita foi da minha querida Didi, melhor cozinheira das Galáxias!

Foi a primeira vez que fiz uma feijoada, segui à risca a receita e deu tudo certo! Antes do almoço contei a história da feijoada preparada com as carnes dispensadas pela Casa Grande. Dá para notar a cara de desconfiança nas fotos.

Para completar, era um domingo de Fórmula 1 e deu Senna na cabeça! Muita gratidão e saudade dos amigos belgas.










Allons-y aujourd'hui avec la feijoada que j'ai réalisée en 1989 pour la famille belge qui m'a accueilli lors de mon passage en Europe entre 1988 et 1989.

J'ai rencontré Stéphane à Rio de Janeiro avant ce voyage. Il faisait partie d'un groupe de Belges qui avaient temporairement émigré au Brésil. À l'époque, je venais d'être diplômé en hôtellerie et j'avais l'intention d'étudier à l'étranger. J'ai fait les deux meilleures écoles hôtelières d'Europe, à Glion en Suisse et à Cergy Pontoise en France. J'ai postulé pour la bourse d'études auprès du gouvernement brésilien et dans l'incertitude de l'approbation, j'ai décidé de voyager à l'avance pour me familiariser avec l'anglais et le français pendant mes études. La bourse n'est pas sorti et mon aventure a commencé.

La famille de Stéphane m'a accueilli comme un fils et naturellement j'ai beaucoup d'affection pour tout le monde, en particulier sa mère Annette, avec qui j'avais l'habitude de fréquenter les musées et les bistrots belges pour déguster les meilleures bières avec tartines et moules & frites. Steph est retournée au Brésil et son frère Jérôme était mon copin lors de certaines soirées à Bruxelles, toujours très excité. C'est aujourd'hui un artiste reconnu.

Pour la feijoada, je devais acheter les produits dans un magasin portugais à Londres, où j'habitais en alternance avec Bruxelles. La recette était de ma chère Didi, la meilleure cuisinière de la Galaxie!

C'était la première fois que je faisais une feijoada, j'ai suivi la recette à la lettre et tout s'est bien passé! Avant le déjeuner, j'ai raconté l'histoire de la feijoada préparée avec les viandes fournies par Casa Grande. Vous pouvez voir le regard de méfiance sur les photos.

Pour couronner le tout, c'était un dimanche de Formule 1 et ça a frappé Senna à la tête! Un grand merci aux amis belges. Beaucoup de Saudade!

domingo, 1 de maio de 2022

Comida di Buteco Roteiro llha da Gigoia

O Rio tem encantos que merecem ser visitados e preservados. Gigoia e Primeira são ilhas da Lagoa da Tijuca conectadas ao mar pelo canal da Barra da Tijuca. Vc pode passar uma vida inteira morando na cidade e não se dar conta da existência delas. Nem tão escondidas assim pois é possível avistá-las do asfalto, o que antes era um privilégio para poucos, hoje é desejo de moradores e turistas em busca de experiência.


O acesso é facilitado pela estação Jardim Oceânico do metrô, saída Lagoa. Dali um pulo para um dos pontos de acesso via táxi chalana. A travessia custa 3 reais e se for a sua primeira vez, vale pagar o dobro para desembarcar no ponto mais distante da Gigoia e apreciar o passeio até chegar aos restaurantes à beira da Lagoa.



Depois é se entregar aos caminhos da ilha e conhecer o modo de vida local. Os moradores são gentis e orientam a chegada ao Bar do Elson, participante do festival. O petisco concorrente com mandioca e carne de sol com geléia de pimenta é delicioso, o atendimento extremamente simpático e a cerveja mega gelada. O petisco paralelo de bobozinho com calabresa é de ajoelhar! Aproveite para garantir um dos doces da vizinha barraquinha da dona Iracema para degustar mais tarde.





O anunciado Deck Bar também na Gigoia não estava funcionando e partimos para a ilha Primeira. Travessia 3 reais para desembarque no deck do Maracuyá. A vista espetacular e a brisa correndo eram a certeza do local para curtir e degustar a cremosa abóbora com carne de sol desfiada, queijo coalho e chips de banana da terra.

Provamos pastéis, carro chefe da casa como anuncia a sócia Patrícia, ceviche de peixe branco com chips de aipim. A vontade era ficar ali a tarde toda. A intenção era conhecer o famoso vizinho mas depois de uma rápida incursão deixamos a vontade falar mais alto.


Voltamos ao Maracuyá e ficamos até o entardecer com a chegada do amigo Cris, morador insular que nos levou para assistir a lua cheia sair. De volta à Gigoia esticamos com música ao vivo no Caiçara e Akbar.


Pegamos o último carro do metrô que fecha meia noite com a felicidade estampada no coração.

Venha conhecer sua cidade!

Bar do Elson
Chalanas da Gigóia
@bar_do_élson

Maracuyá
Amor de Vó
@maracuyadailha