Feijoadas Cariocas foi comemorar o campeonato de 2009 da Academia do Samba na primeira feijoada após a conquista do título. Tradicionalmente todo segundo domingo do mês a quadra recebe a família salgueirense, animada pelo grupo Terno de Cambraia. Desta vez foi especial, tinha um tempero a mais...
Reencontro meu velho amigo Kleber, agora como Mestre da Bateria Furiosa, e me recordo da primeira vez que o vi com a mão rasgada do surdo de outros carnavais. Foi literalmente dando o sangue que ele conquistou seu lugar na Escola. Parabéns irmão !
Até o momento em que a grande homenageada do dia é apresentada: Mocidade Alegre, campeã paulista do Carnaval 2009 ! Mestre Sombra comanda a Bateria Ritimo Puro, que tem como destaque a pequena Marília, um espetáculo de passista e ritmista, verdadeira Rainha !
Entram mestre-salas e porta-bandeiras das duas escolas sambando juntas, as baterias se fundem e já não há mais paulistas ou cariocas, apenas a união do mundo do samba. Quem lá esteve presenciou um raro momento, duas grandes escolas totalmente integradas, duas mulheres, Regina Duran e Solange Bichara à frente de duas grandes comunidades das cidades do samba, e todos realizados pelo sonho alcançado.
Confira aqui a integração na quadra:
Serviço:
Feijoada do Salgueiro ( a partir das 13 hs )
Rua Silva Teles, 104 - Andaraí
Tel. 21 2238-0389
Metrô Saens Pena
R$ 25,00 a Feijoada, incluindo a entrada e uma camiseta
Dica do blog: precisando de algo especial no Salgueiro fale com meu amigo Barbeito, figurinha querida da Academia e fácil de encontrar.
Um pouco de História...
Princípio do século XX no Rio de Janeiro. As terras de um morro encravado no bairro da Tijuca, que já haviam abrigado lavouras de café e uma fábrica de chita, aos poucos vão se transformando em lugar de moradia para imigrantes e escravos. Muitos se diziam seus donos, mandando e desmandando no local. Mas, mesmo ganhando vida, aquele morro ainda era um lugar sem nome. Isto perdurou até a chegada do português Domingos Alves Salgueiro.
Comerciante e dono de uma fábrica de conservas na Rua dos Araújos, na Tijuca, Domingos era também proprietário de 30 barracos no local. Logo o português virou referência e designação do morro, que passou a ser conhecido como morro do "seu Salgueiro". Isso bastou para dar a fama ao local e batizar o morro como o Morro do Salgueiro.
Aos poucos, o Morro do Salgueiro começou a ser procurado por famílias de Minas Gerais, interior do estado do Rio de Janeiro, sul da Bahia e Nordeste. São essas pessoas que começam a dar vida ao morro, construindo casas, barracos e transformando a pedra bruta e inanimada em um lugar de moradia.
De seus locais de origem, os moradores do Salgueiro trouxeram novas culturas, hábitos e costumes que foram se incorporando ao dia-a-dia de todos os habitantes do morro. Carimbó, Folia de Reis, Calango, Jongo e Samba de Roda eram cantados e dançados em datas folclóricas dos imigrantes e passaram a ser apreciados também nas festas do morro, fossem da cumeeira, casamentos ou aniversários, sempre acompanhados de cozidos, mocotós, peixadas e feijoadas.
Em janeiro, o dia 20 passou a ser especial para os moradores do Salgueiro. É nesta data que, até hoje, flores e velas se espalham pelo morro para a festa em homenagem ao padroeiro do Salgueiro, São Sebastião, cujas cores são o vermelho e o branco. O Campo se transforma num arraial, enfeitado com barraquinhas e bandeirolas para a festa. A diversidade religiosa do Salgueiro permite ainda que o morro abrigue outro padroeiro e protetor: Xangô, orixá do Candomblé, também de cores vermelho e branco e também reverenciado no dia 20 de janeiro, quando, à noite, diante dos pegis e dos gongás, o senhor das pedreiras recebe as homenagens de seus afilhados do Salgueiro.
Grande Paranhos ! Degustando a feijoada campeã da minha comunidade. Salve mestre Barbeito ! Saudações ao tamborzão ! Afinal, Salgueiro é o caldeirão !
ResponderExcluirSAudações Barbeito, tou vendo que é mesmo querido entre todos. Também tem um lugarzinho guardado no nosso coração.
ResponderExcluirA nossa Lua de Mel foi magnifica graças a si e a Sarah. Obrigado
Miguel e fILIPA
Portugal