sábado, 28 de maio de 2016

Cevada

Feijoada todos os dias. Está escrito no letreiro e assim é no Cevada. O boteco fica na esquina da Siqueira Campos com a praça Serzedelo Correia.

A dose dupla de caipirinha de Ypióca por R$ 19,90 é uma boa pedida para começar a esquentar nesses dias mais frios.

A feijoada é servida nas porções para 2 ou 3 pessoas. Éramos 3 e a indicação do garçom foi ficar na porção para 2 que é bem servida. De fato a porção é farta em carnes e menos em feijão mas basta pedir ao garçom um pouco de reposição.

É importante deixar claro que a percepção do tempero da feijoada está no feijão e seu caldo. Toda a minúcia do preparo das carnes pode ir literalmente água e ralo abaixo se não for incorporado ao caldo durante o cozimento.

Mais do que fartura de carnes, acho importante a fartura no feijão para um bom entendimento da feijoada.

Já os acompanhamentos não estavam à altura pois o torresmo gordo, frio e borrachudo é totalmente dispensável. A couve não foi preparada à minuta, crocante como deveria.

A visita vale pelo feijão. Se vc escolher um domingo pode aproveitar a feira livre no entorno da praça.

 
 

Serviço:
Boteco Cevada
Praça Serzedelo Correia, 27
Tel 21 2547-7905

R$ 59,90 a feijoada para 2 pessoas (serve 3)


sábado, 21 de maio de 2016

100 anos de Samba

Feijoada e cerveja na mesa. Desde que o samba é samba é assim.

Para comemorar o centenário do Samba a cervejaria Antarctica recriou o Clube do Samba fundado por João Nogueira em 1979.

 

Um casarão customizado na região portuária trouxe detalhes do ambiente dos botecos da cidade. Caixotes de madeiras em nichos com memórias de todos os tempos e muitas, muitas garrafas de cerveja reeditadas com o rótulo cinza de 1979, ano de criação do Clube, adornaram as prateleiras do bar.

 

Foram quatro edições do encontro sempre aos sábados entre os dias 30 de abril e 21 de junho, tendo como anfitriões Martinho da Vila e Beth Carvalho e o herdeiro do Clube, Diogo Nogueira, recebendo a velha guarda e os "recém-chegados".

 
 

Como o samba é democrático a entrada nos eventos foi gratuita através da inscrição no site da Antarctica até o limite de capacidade da casa para cada data.

E nos domingos 15 e 22 de maio, o Clube do Samba abriu as portas exclusivamente para a famosa feijoada de Ângela Nogueira, primeira-dama do Clube que prepara o prato servido desde 1979, com o toque de Fábio Portuga.

 

O Clube do Samba marca o lançamento da plataforma Batuque da BOA, voltada totalmente para a história do samba e comemoração de seus 100 anos, que se dividirá entre conteúdo digital e diversos eventos no Rio de Janeiro.  

Viva o Samba e a Cultura independente de política e partidos ! 



Um pouco de História

Era maio de 1979, quando João Nogueira decidiu mudar a história do samba para sempre. Cansado das batidas disco e letras estrangeiras que invadiam rádios e discotecas brasileiras, fundou em sua casa o Clube do Samba. Reconhecido como o maior movimento de resistência ao estrangeirismo na música, é comum ouvir que se não fosse o Clube, o samba não estaria mais entre nós.

O Clube era realizado dentro da casa de João Nogueira, no Méier, e só podiam entrar sambistas e convidados, já que “aos sambistas tudo e aos bicões nada”, como dizia o próprio João. Destes encontros nasceram novos nomes do samba como Zeca Pagodinho, que foi levado por Beth Carvalho e composições de sucesso, como o próprio hino do clube.



37 anos depois, em uma grande homenagem ao centenário do samba e aos sambistas, Antarctica, apoiada por membros originais como Martinho da Vila, Beth Carvalho e o herdeiro, Diogo Nogueira, vai reapresentar o Clube do Samba e fazer jus a famosa frase de Nelson Sargento, “o samba agoniza, mas não morre, alguém sempre o socorre”.



 “Nós costumamos dizer que se Antarctica tivesse um coração ele seria como o dos cariocas: batucaria ao invés de bater.  Somos grandes apoiadores do samba e há anos promovemos e incentivamos o ritmo com diversas ações. No ano do centenário, reapresentar o Clube do Samba foi a melhor maneira que encontramos de homenagear um movimento real, que defendeu o ritmo e permitiu que ele chegasse a esses 100 anos nos emocionando e embalando histórias autênticas, como a de amor entre a BOA e os cariocas”, comenta Maria Fernanda de Albuquerque, diretora de marketing da marca.

sábado, 14 de maio de 2016

Comida di Buteco - Centro e Zona Norte

Prosseguimos pelos botecos do centro e zona norte com foco nos petiscos com pernil e no inusitado sushi de feijoada.

O Angu do Gomes há muito deixou as simpáticas carrocinhas para se instalar no Largo de São Francisco da Prainha, vizinho à revitalizada Praça Mauá. O atual endereço conta com dois imóveis restaurados e três andares. Legal encontrar as animadas turmas de botequeiros organizados e uniformizados que frequentam o festival. O petisco concorrente de almôndegas de pernil no molho de tomate e um delicioso creme de queijos servido no pão sacadura impressionou pela intensidade nos sabores e arrisca um segundo lugar sem muita dificuldade.


 

Na sequência o Cachambeer, templo do chopp gelado, das gordices e da simpatia do dono. O Marcelo brincou com o tema coxinha para emparedar pratos da casa como a feijoada, o porquinho embriagado, a costela no bafo e o camarão. A massa não estava perfeita mas o conjunto da obra é bem gostoso.



Do Cachambi para o Grajaú, onde o Bar do Mariano inovou com o sushi de feijoada acompanhado de couve crocante e farofa de torresmo. Posso dizer que não esperava muito e mais preocupado fiquei ao conversar com o Marco, filho do Mariano, pois de japonês ali só mesmo os olhinhos puxados da garçonete cearense. Mas não é que o hot estava perfeito ? Vai entender como é possível que um bar focado na picanha desenvolva um petisco tão fora da caixinha ?

 
 

O sol se escondia quando chegamos na Praça Varnhagem. Ô nome difícil de pronunciar ! Estamos falando de bares com mais de 50 anos e apostei que o nome seria de origem germânica oriundo de um tal Barão Van Hagen que por ali se instalou ao fim da primeira guerra. O que importa é que o bar dos Passarinhos serve um petisco simples e rápido. O purê de feijão branco tinha ótima consistência e a carne seca bem fininha e frita acompanhou muito bem.




No Maracanã paramos para a saideira no Bode Cheiroso com batidinhas e o porquinho em formato de gurjões de pernil. A noite chegou e a lua despontou na clave de fios elétricos embalada pelo samba da mesa vizinha.



De avô para neto a história do Bar do Mariano contada pelo Marco.



Serviço:

Angu do Gomes
R$ 25,00 Aumondyga (minialmondegas de pernil com polenta cremosas, servidas com três queijos no pão de sacadura). Rua São Francisco da Prainha 3, Saúde - 2233-4561. Seg a qui, das 15h às 22h. Sex, das 15h a 1h. Sáb, das 11h às 18h.

Cachambeer
R$ 25.60 De coxinha não tem nada, nem galinha! (coxinhas de feijoada, costelão no bafo, porquinho embreagado e camarão). Rua Cachambi 475, Cachambi - 3597-2002. Ter a sex, da 11h à meia-noite. Sáb, do meio-dia à meia-noite. Dom, do meio-dia às 18h.

Bar do Mariano
R$ 25,90 Hot K Rio K 2016 (seis hots de carne de feijoada com torresmo moído e molho de caldo de feijão e laranja). Rua Professor Valadares 78, Grajaú - 2578-1232. Seg a sex, das 15h às 22h. Sáb, das 15h às 23h. Dom e feriados, das 15h às 21h.

Bar Varnhargem
R$ 25,90 Carne-seca ponto com (desfiada com pure de feijão-branco). Praça Varnhargem 14 A, Maracanã - 2254-3062. Ter a sex, das 10h às 19h. Sáb, dom e feriados, das 11h30m às 17h.

Bode Cheiroso
R$ 25,00 E o Porquinho Bobeou (Gurjões de pernil). Rua General Canabarro 218, Maracanã - 2568-9511. Ter a sex, das 15h às 22h. Sáb, do meio-dia às 19h. Dom e feriados, do meio-dia às 17h.

domingo, 1 de maio de 2016

Comida di Buteco - Zona Sul

Chegamos a mais uma edição do Comida di Buteco. Por dever de ofício selecionamos petiscos com feijão, carne de porco e até feijoada para experimentar. Este ano o festival retorna ao conceito original deixando os botecos com livre escolha. Liberdade ! Liberdade !

Começando por Copacabana visitamos o Pavão Azul, o Galeto Sat's e Os Imortais.

O petisco do Pavão deixou a desejar na consistência do creme e na textura do pão que o acolhe faltando crocância para casar. A barriga de porco do Sat's bem que poderia ser mais magrinha e a dica é pedir para deixar na brasa um pouco mais. O porco dos Imortais é ok mas também não impressionou no paladar.


 

Passando pelo Humaitá paramos no Palhinha. A costelinha de porco empanada é bem sequinha e se vc misturar pimenta no molho que acompanha vai ganhar um realce. Tem ainda um combo de pastel de costelinha suína tipo pague 4 e leve 5 + 1 dose de limão com mel que vale a pena incluir na sua visita.



No Leme subimos o morro Chapéu Mangueira para visitar o David que com sua Resurgência compete como seríssimo candidato ao campeonato. Pescador de longa data o David investiu numa combinação de feijão fradinho e frutos do mar com pimentões coloridos. Uma belezura de ver e gostosura de comer.




Serviço:
Comida di Buteco - 15 de abril a 15 de maio

Pavão Azul
R$ 15,00 Camarão do Pavão: Creme de abobora com camarão servido com mini pão italiano
Rua Hilário de Gouveia 71, Copacabana - 2236-2381. Seg a sex, das 16h à meia-noite. Sáb, do meio-dia à meia-noite. Dom, do meio-dia às 18h. 

Galeto Sat's
R$ 24,90 Barriga do Serjão: Torresmo de barriga de porco, marinado com ervas, acompanhado de mini cebolas caramelizadas, servidas com alhos em conserva
Rua Barata Ribeiro numero 7, Copacabana - 2275-6197 / 3543-8841. Diariamente, do meio-dia às 4h

Os Imortais
R$ 24,90 Flor de Lotus: Filé de porco grelhado, com geleia de maçã e chá verde, chips de mandioca, e purê de cebola roxa
Rua Ronald De Carvalho 147, Copacabana - 3563-8959. Seg a ter, das 17h à meia-noite. Qua e qui, das 17h à 1h. Sex, das 17h às 2h. Sáb, das 15h às 2h. Dom, das 15h à meia-noite.

Palhinha
R$ 25,90 Costela Yabadabadu: Porção de costelinha suína no tempero de ervas. Recheadas com queijo coalho. Servidas com geleia de limão siciliano
Rua Humaitá 12, Humaitá - 2539-5709. Seg a sáb, do meio-dia à meia-noite. Dom, do meio-dia às 22h.

Bar do David

R$ 25,90 Resurgência: Salada de frutos do mar com feijão Fradinho
Ladeira Ari Barroso 66, Morro Chapéu Mangueira, Leme - 7808-2200 / 96843-1046. Ter a dom, das 8h às 21h.